terça-feira, 18 de setembro de 2012

À Juventude

Ademar Bogo




Malditos os que fazem da juventude instrumento de guerra, que lhes negam o conhecimento dizendo não ter vagas nas universidades. Malditos os que vendem o destino e fazem da pátria um puteiro, onde o dólar com sua inteligência come a virgindade e a consciência; estes pararão um dia em nossa mágica utopia de jovens guerreiras e guerreiros.

Aos que traficam ilusões, fazendo da juventude massa esquartejada com o objetivo único de frustrar carreiras ainda por nascer. Aos que se agarram ao mercado mundial para alimentar o capital matando todas as soberanias. Aos que fabricam fantasias e usam as drogas como escudo. Aos que pensam que assim podem tudo, haverão de parar em nossa rebeldia.

Estes que usam da violência para matar os sonhos e levam das nações suas riquezas, que comem todas as certezas, investem os esforços em novas tecnologias, enquanto o povo come apenas uma vez por dia, pagando com a vida a crueldade; eles que acreditam na luxúria, pararão um dia em nossa fúria que corre em busca da solidariedade. 

Aos que desconstroem a história feita, impedem que façamos as colheitas e buscam os produtos importados, aos que já vêem o trabalhado eliminado e acreditam na especulação, sentirão a justiça pois chegar, no dia em que o jovem acreditar que o caminho é a revolução. 

A todos os que pensam que as fronteiras não existem, e fazem dos países um só tapete para o capital, estes que se dizem do “bem” para combater o “mal”, que perseguem a natureza e a matéria prima; saberão o que é o enfrentamento, quando a juventude unificar o pensamento e resgatar em si a auto-estima.

E os parasitas que vivem das urgias, que penetram as consciências com insanas ideologias e fazem da juventude, bravos consumidores. Aos que da terra julgam-se senhores, que dividem o mundo em raças e religiões; eles que acreditam nos canhões e se agarram às torneiras do petróleo, sentirão o peso de nosso repertório, nas formas de lutas que unificam as nações.

Aos que degradam a democracia, fazendo da juventude apenas eleitores, e se apegam ao princípio da “Ordem de Direito”. Aos que pensam fabricar o futuro deste jeito, enquanto se divertem nos escombros da paciência, saberão pela desobediência, o que é da história ser sujeito.

Aos que apostam na exploração e na eternidade do capitalismo, que transformam a utopia e o socialismo, em imensas frustrações; que iludem grandes multidões, com as farras dos shoppings e das novelas, terão de apertar a própria goela quando despertar a fúria das nações.

E assim veremos florir os girassóis, ouviremos canções de liberdade, viveremos em uma sociedade, onde florescerão todas as virtudes. Sentiremos o pulsar de cada coração e a igualdade não terá fronteiras, no dia em que nossa bandeira, estiver na mão da juventude.

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